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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Jardinismo - A Chulice Orgulhosa

Actualmente só não vai à Madeira quem não quer. A EasyJet vende bilhetes de Lisboa para o Funchal por um preço indecente: 16,99€. 2 Horas mais tarde já está com os ‘pezinhos de molho’ na pérola do Atlântico. Por oposição, um bilhete de Autocarro (Expresso) de Lisboa para Bragança custa 20€ mas 'apenas' 6,5 horas mais tarde, já pode começar a tiritar de frio.

Temos aqui um pequeno exemplo dos custos da insularidade. Outro exemplo auto-explicativo é o custo do Gasóleo. No Funchal o litro custa 1,354€, mas já em Beja é preciso gastar 1,419€.   Fonte: http://www.sbn.pt/Default.aspx?tabid=860

Porquê? É senso comum que a Madeira é lá para baixo. Os comandantes dos navios, assim que saem da refinaria em Sines, desligam os motores e deixam-se ir. Já para ir de Sines a Beja, é preciso atravessar o Alentejo numa caloraça brutal. Só nos A/C dos camiões a Galp tem um custo que é para cima de um dinheirão…
Aqui 'á atrasado', parafraseando uma colega minha de Aveiro, a Galp pôs-se com gracinhas estúpidas em relação aos aumentos de combustível na Madeira. Se quiser saber os pormenores, leia a notícia e descubra como a aplicação do Jardinismo é brutal (leia-se á bruta).   http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=973805
O Império, a Metrópole, as Empresas coloniais ou qualquer outra organização que não ‘contribua voluntariamente’ para o bem-estar insular, não passa de uma cambada de bastardos, vermelhos, rosas ou laranjas cubanas.      Pobre e mal-agradecido.  Escarra no prato da sopa que come .

Este complexo de Édipo na verdade não difere muito dos complexos de alguns ditadores Africanos os quais apelam frequentemente a união da populaça em torno de um inimigo comum. Ah mas é muito diferente, dirão alguns: O Jardim não apela á revolta nem coloca os seus familiares e amigos no controle da ilha. Quem é que pensam que ele é? O Fidel?
Se estave distraído, veja a estrutura do poder na madeira publicada pelo Expresso em 2009:



Nos anos 80, não havia emigrante Português em França que não voltasse a ‘santa-terrinha’ ao volante de um exuberante Mercedes ou BMW que atestasse o seu sucesso além-fronteiras. Podia trabalhar na recolha do lixo em Paris, mas a coisa tinha que dar para o aluguer de um carro prás férias… Sapatos furados mas ‘orgulhosamente chulos’…
Jardim fura há anos dezenas de kms a dezenas de milhares de Euros o Km. Construiu escolas com excelentes pavilhões desportivos em tudo quanto é freguesia por mais recôndita na serra que ela se encontre. Postos médicos, bibliotecas e toda uma parafernália de equipamentos sociais, que só quem não estiver na disposição de gastar 34€ na viagem, é que não vê.
Este semana parece que afinal alguém tirou um coelhinho branco da Cartola e ‘descobriu’ que o benfeitor de toda uma população pobre e desamparada, passou o tempo a esconder as contas debaixo do travesseiro. Ainda zurziu: «Se eu lhes contasse, paravam logo de mandar para cá o dinheiro. Quer dizer, eles lá na Metrópole podiam estourá-lo como entendessem e nós aqui ficávamos a vê-los passar?»

Aguentem-se, porque o Jardinismo Histérico e sua Chulice Orgulhosa, ao contrário dos vossos subsídios de natal: é completamente intocável!





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