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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Inutilidades


Inútil é o acordo ortográfico.

Inútil é continuarmos a ter Policias a trabalhar nos refeitórios e nos arquivos da Policia.

Inútil é o Alberto João teso e domesticado pelo Gaspar. Foi como ele lhe tivesse su-ssu-rra-do: Pssst,    Bolinha    baixa!...    Que   o    guarda-redes   é   anão

Inútil é a carga brutal de impostos que nos impuseram, sem que isso pareça ter qualquer consequência positiva ou acrescentar valor ou sequer apaziguar os ‘mercados’.

Inútil é o anúncio da Refer com 2 artistas a andar de bicicleta em cabos de alta tensão. Útil era vê-los a pedalar com aquilo ligado. Se uma cegonha apagou metade do País, 2 artistas circenses apagavam muito mais.

Inútil é um hospital em Bragança erguido ainda pelo estado novo, onde para lá chegarem, idosos (alguns com 90 anos) andam duas horas a pé. E outras duas de volta. O mesmo em Beja ou em qualquer concelho do interior, onde os velhos vivem sós e abandonados á sua sorte, esperando sempre que no caso de morrerem, alguém dê com eles.

Inútil é a quantidade de Indignados que se indignaram este fim-de-semana no parque da Bela-vista. Inúteis são os aproximadamente 7.000.000€ de receita, que apenas no passado fds, passaram ao lado do Rio da crise.

Inúteis são os milhares de mártires, aos quais se juntaram mais uma centena este fim-de-semana, apenas porque a Síria não tem Petróleo que justifique uma intervenção rápida. Inútil é a decisão de expulsar diplomatas Sírios dos Países ocidentais, quando deviam era ser presos por conluio com um regime bárbaro que assassina crianças a sangue-frio.

Inutilidade é o sentimento que nos assola quando nos apercebemos que somos meros espectadores inúteis.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Assaltos, roubos e gamanços.

Assaltam-me dúzias de ideias, á medida que escrevo estas linhas. A primeira foi a comprovação do que se previa em 2012: Uma onda generalizada de assaltos. Até aqui eram só os multibancos, as farmácias e as ourivesarias. E lá no fundo, no nosso subconsciente pensávamos: só roubam a quem tem. Os seguros que se cheguem á frente.

A seguir começaram a assaltar-nos os carros lançando em Portugal a inovação do «carjacking» uma espécie de ‘assalto motorizado’.

Na última semana, fui assaltado por notícias de pessoas amigas a quem, meliantes em plena luz do dia, julgando não existir ninguém em casa, resolveram sem convite prévio 'visitar'. Além do susto, facilmente se imagina o trauma de quem, quando às 9h10 da manha sai do quarto em pijama, se depara com um inesperado visitante no corredor. Quiçá, não poderá começar assim uma longa amizade…

Ou o caso de um colega, cuja casa em Azeitão foi assaltada de forma absolutamente limpa. Limparam-lhe os LCD, as aparelhagens, DVDs, máquinas de Lavar roupa e loiça etc. Para levar ‘as miudezas’ cortaram-lhe os edredões de modo a fazerem sacos de transporte. Imagine-se a chegar a casa e ver apenas ‘as penas’ a pairar no ar… É caso para dizer que lhes soube a pato.

Não se pode portanto estranhar que o governo tenha tomado medidas. Retirou-nos metade do subsídio de natal. Aumentou-nos o IVA, as portagens, os transportes, as taxas moderadoras na saúde, etc. Sobra por isso bastante pouco para a ‘iniciativa privada’ assaltar.

A crise assaltou de forma tão violenta a classe do gamanço, que os estrangeiros que aqui se dedicavam a essa eclética ocupação começaram já a retornar aos seus países de origem ou emigraram para Países onde o estado não exerce uma concorrência desleal.    

Traiçoeiro foi o assalto que o estado preparou em relação ao Imposto de circulação. O Tuga se puder pagar no último dia não paga antes. Aliás de puder pagar umas horas ou uns dias depois do prazo melhor ainda. Foi assim em 2007 e não se passou nada. E a malta pensou: em 2008 não há stress e voltaram a pagar depois da data. Claro que em 2009, ‘os otários’ que até ali tinham pago a horas, pensaram que isto era um regabofe e portanto toda a minha gente pagou o imposto fora da data. 2010 idem, idem, aspas, aspas. E as finanças quietinhas, sossegaditas…

Em 2010 chegou o Gaspar. A imagem que fica é a das Finanças estarem de tocaia (schhhhhh deixa-os pousar) e tau: Gaspar manda fazer uma query e liga a impressora dos 15€. Resultado: duplica a receita dos últimos 4 anos do imposto de circulação. Quem disse que assaltar mais tarde não é boa ideia?
Claro que existem Portugueses que elevam o ato de assaltar a um nível refinadamente superior. Mas desenganem-se os que pensam que me refiro a Duarte Lima. Nada disso.

Refiro-me antes ao cofre que continha os cerca de 1300 euros resultantes das multas passadas pela GNR de Quarteira. As suspeitas apontam para que o ‘assalto’ tenha ocorrido na noite de domingo para segunda, sem que os guardas de serviço se tivessem apercebido de nada. Segundo o Comando Territorial de Faro, a sala do quartel de onde desapareceu o cofre é de acesso exclusivo aos militares. Assalta-me apenas uma duvida: Mas afinal os ladrões também podem trabalhar na policia?