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domingo, 22 de janeiro de 2012

Assaltos, roubos e gamanços.

Assaltam-me dúzias de ideias, á medida que escrevo estas linhas. A primeira foi a comprovação do que se previa em 2012: Uma onda generalizada de assaltos. Até aqui eram só os multibancos, as farmácias e as ourivesarias. E lá no fundo, no nosso subconsciente pensávamos: só roubam a quem tem. Os seguros que se cheguem á frente.

A seguir começaram a assaltar-nos os carros lançando em Portugal a inovação do «carjacking» uma espécie de ‘assalto motorizado’.

Na última semana, fui assaltado por notícias de pessoas amigas a quem, meliantes em plena luz do dia, julgando não existir ninguém em casa, resolveram sem convite prévio 'visitar'. Além do susto, facilmente se imagina o trauma de quem, quando às 9h10 da manha sai do quarto em pijama, se depara com um inesperado visitante no corredor. Quiçá, não poderá começar assim uma longa amizade…

Ou o caso de um colega, cuja casa em Azeitão foi assaltada de forma absolutamente limpa. Limparam-lhe os LCD, as aparelhagens, DVDs, máquinas de Lavar roupa e loiça etc. Para levar ‘as miudezas’ cortaram-lhe os edredões de modo a fazerem sacos de transporte. Imagine-se a chegar a casa e ver apenas ‘as penas’ a pairar no ar… É caso para dizer que lhes soube a pato.

Não se pode portanto estranhar que o governo tenha tomado medidas. Retirou-nos metade do subsídio de natal. Aumentou-nos o IVA, as portagens, os transportes, as taxas moderadoras na saúde, etc. Sobra por isso bastante pouco para a ‘iniciativa privada’ assaltar.

A crise assaltou de forma tão violenta a classe do gamanço, que os estrangeiros que aqui se dedicavam a essa eclética ocupação começaram já a retornar aos seus países de origem ou emigraram para Países onde o estado não exerce uma concorrência desleal.    

Traiçoeiro foi o assalto que o estado preparou em relação ao Imposto de circulação. O Tuga se puder pagar no último dia não paga antes. Aliás de puder pagar umas horas ou uns dias depois do prazo melhor ainda. Foi assim em 2007 e não se passou nada. E a malta pensou: em 2008 não há stress e voltaram a pagar depois da data. Claro que em 2009, ‘os otários’ que até ali tinham pago a horas, pensaram que isto era um regabofe e portanto toda a minha gente pagou o imposto fora da data. 2010 idem, idem, aspas, aspas. E as finanças quietinhas, sossegaditas…

Em 2010 chegou o Gaspar. A imagem que fica é a das Finanças estarem de tocaia (schhhhhh deixa-os pousar) e tau: Gaspar manda fazer uma query e liga a impressora dos 15€. Resultado: duplica a receita dos últimos 4 anos do imposto de circulação. Quem disse que assaltar mais tarde não é boa ideia?
Claro que existem Portugueses que elevam o ato de assaltar a um nível refinadamente superior. Mas desenganem-se os que pensam que me refiro a Duarte Lima. Nada disso.

Refiro-me antes ao cofre que continha os cerca de 1300 euros resultantes das multas passadas pela GNR de Quarteira. As suspeitas apontam para que o ‘assalto’ tenha ocorrido na noite de domingo para segunda, sem que os guardas de serviço se tivessem apercebido de nada. Segundo o Comando Territorial de Faro, a sala do quartel de onde desapareceu o cofre é de acesso exclusivo aos militares. Assalta-me apenas uma duvida: Mas afinal os ladrões também podem trabalhar na policia?

1 comentário:

  1. Aqui há uns tempos tive uma visita destas... mas assim que acendemos as luzes, fugiu a sete pés.

    Lá se foi a hipótese de ser "o começo de uma bela amizade"!...

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