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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cofidis- Alternativa enérgica ao FMI!

A maioria de nós já recorreu ao crédito. É normal, não vem mal ao mundo por isso. No entanto algumas pessoas vivem e sobrevivem apenas disso – viver a crédito.

Já a facilidade com que a banca, nos últimos anos distribuiu cartões de crédito e plafons gigantescos a quem sobrevive de salários pouco mais que mínimos - foi uma atitude criminosa.
Exemplo: há dois anos recebi um cartão Light do Santander que estava domiciliado numa conta que encerrei há 20 anos. Porque? Eu nem sequer o pedi, foi o banco na sua infinita e generosa bondade, que mo ofereceu. (Aposto que o gerente ainda hoje se lembra do episódio da minha devolução do cartão)

Discute-se agora que «ah e tal, é uma questão cultural». Cultural mas é o camandro ou o catano ou lá o que é!

Há 5 anos uma casa valia 85.000€ e custava 100.000€. O banco avaliava em 140.000€ para emprestar 126.000€ (a pessoa não ia agora mudar para uma casa nova, sem mudar a mobília e comprar um Clio ou um Fiesta a gásoil, para parquear em cima do passeio do prédio).

A taxa de esforço já passava dos 50%? E qual é o problema? O seu tio reformado não pode ser fiador? Tão fácil como coleccionar 2,3 ou 4,5 cartões de crédito (aliás ia-se a qualquer shopping e trazia-se um Citygroup ou um Barclays ‘na boiiiiinha’).

E como uma brilhante bolha de sabão, o consumo cresceu, cresceu, até que os mais cautelosos perceberam que não podiam andar a viver permanentemente do plafond do cartão do mês seguinte. Taxas de juro usurárias de 18% a 27% rebentaram (puf) com subsídios de férias e de natal…

Já os mais distraídos, entraram em loop e foram ‘queimando cartões’. Quando estouravam um, passavam ao seguinte e assim sucessivamente. Esgotados os cartões passaram ao ataque dos empréstimos pessoais:

Cofidis – energia para viver!

CapitalMais – Viva os seus sonhos…

Cetelem – O crédito sem mas nem meio mas.

O que têm em comum todas estas empresas? Prometem crédito imediato, sem burocracias. Apenas têm um ligeiro senão: praticam taxas entre os 11% e os 28%. São produtos indicados preferencialmente para quem, na banca ‘normal’ já está completamente ‘plastifidido’.



Ao ver o valor a que chegaram hoje taxas de juro da divida Portuguesa no mercado secundário: entre 9% e 11,5% (consoante o prazo) ocorreu-me isto:

4ªFeira (hoje) vamos pedir um empréstimo de 1000 milhões de Euros. Não é muito. É apenas para as despesas correntes: Salários e pensões, devolver o IRS á malta e para meter gásoil nos BMW novos da frota que compramos o ano passado para a AR.

Afinal o FMI e Bruxelas, estão neste momento a estudar o processo do empréstimo que pedimos de 85.000 milhões. Só de comissão de estudo de processo devemos pagar para cima de uma fortuna…

Fiz duas vezes a operação na calculadora e conclui que cada um dos 10 milhões de Portugueses está a pedir ao FMI 8.500€. (No meu caso estou lixado, porque com três miúdos mais a minha esposa isto representa só cá em casa 42.500€) Eu até já lhe perguntei: Olha lá, mas onde raio é nós gastamos este dinheiro do empréstimo?



Amigo José Sócrates: Se não te emprestarem o dinheiro, como parece ser a vontade de meia-dúzia de Finlandeses, não te preocupes: A Cofidis – dá-te energia para viver!

Se ainda estás indeciso em comprar a tal pista de comboios eléctrica com que sonhaste (já sei, mesmo teso, já deste sinal porque estavas convencido que por conheceres o dono da loja, ele te devolvia umas senhas de gasóil para usares na campanha eleitoral) não desistas: CapitalMais – Viva os seus sonhos…

No caso, da troika começar com ‘ah e tal a gente empresta mas e a tua credibilidade, mas e onde é que tu tiraste o curso’ carga nisso pá: Cetelem – O crédito sem mas nem meio mas.


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