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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Silêncio dos Inocentes


Esta semana voltei a acreditar na raça humana. Descobri que por mais hediondo que seja o crime ou o pecado cometido, há sempre a possibilidade de existir um mal-entendido, um pequeno equívoco ou qualquer outra inocente razão que o legaliza e/ou justifica.

Ouvimos esta semana Carlos Silvino afirmar que é inocente. Descobriu-se que lhe puseram umas 'coisas na água'. Que nunca gostou de miúdos, nem sequer na canja. Que nunca levou rapazes nem a Elvas, nem a consultórios médicos ou de advogados, nem a garagens, nem á feira-popular, nem a parte nenhuma.


Ora a novidade é que ‘Bibi’, foi agora inocentemente entrevistado por um arguto jornalista que na sua busca incessante pela verdade, não se convenceu nem se deixou impressionar perante os resultados de um total de 461 sessões de julgamento, 920 testemunhas e 32 alegadas vitimas.


O dito jornalista, curiosamente também de nome próprio CARLOS, tal qual como Silvino, ou Cruz tinha já perfilado a sua inocente isenção ao escrever em conjunto com a esposa de Cruz «As grades do sofrimento».

Temos pois de uma só assentada, uma trilogia: 3 Carlos inocentes. Um dogma quase tão perfeito como o da santíssima trindade!

Abrantes, Marçal, Dinis, Ritto, transformaram-se com esta confissão conscientemente voluntária e desinteressada de Silvino, em outros tantos 4 inocentes. Revolta até saber, que um homem pode apanhar 18 anos de cadeia, mesmo depois de colaborar com a justiça, bebendo goles e goles de água em 5 anos e 461 sessões contínuas de julgamento.



Junta-se a estes 7 inocentes nesta semana, aquele que faria corar de vergonha a personagem principal do filme que dá título a este Post. Comparado com Renato Seabra, Hannibal Lector era um inocente.

O rapaz está inocente, facto que é clarinho como a água do Trancão e para o qual aliás, eu já tinha alertado no meu post anterior.

Vingativo como era conhecido CCastro, ele era ‘homem’ para se ter desarrolhado a ele próprio, ter-se enfiado com uns encontrões nos móveis do Hilton, acabando com uma valente cabeçada no LCD. Tudo com o objectivo de colocar as culpas no inocente acólito rapaz!



Guardei para o final, aquela que me parece ser a maior pérola deste «Silêncio do Inocentes» - O financiamento das eleições Presidenciais.


O estado atribui a esta campanha €3,83 milhões para torrar em sacos plásticos, broches autocolantes para colar ao peito, outdoors, assessorias de imagem, almoços, jantares, deslocações etc.

4,3% (191.000) dos votantes votaram em branco. 1,93% (86.000) votaram nulo, chamando-lhes chupistas e outros mimos e 53,37% nem sequer se atreveram a sair do quentinho da Maison, que o Domingo estava frio como o ‘camandro’. Nos Açores ainda devia estar mais frio, porque 68,9% não puseram os 'butes' nas urnas! 'Apenas' 2 em cada 3…

Uma conta simples: €3,83Mio / 4.492.297 votantes =  €0,85/Votante 
ou melhor ainda:   €3,83Mio / 5.587.300 Pop activa = €0,685/ Habitante activo.
Em sacos Plásticos?

Dizem os técnicos, que apesar de tudo não é fácil traçar o perfil do abstencionista. Mas será esta, uma forma de (de)monstrar o «Silêncio do Inocentes»? Não será decerto, porque mais ano menos ano, todos os inocentes serão obrigados e ir lá…

Pelo menos como concluiu o pai de um colega meu, de todos o melhor foi mesmo ter-se eleito o cavaco. Não por razões ideológicas, partidárias ou de princípio, mas porque o homem, graças a nova legislação teve que optar por prescindir do salário de PR (€6.523) em prole das duas reformazitas de €10.000. Vamos poupar €6.523*60 meses = €391.380.

Quem é o inocente hã? Quem é?

P.S - Vamos lá ver agora, quanto tempo levam as «candidaturas» a retirar a poluição visual que nós inocentemente pagámos!...

1 comentário:

  1. O Carlos Tomás comigo nunca mais falará.
    Quanto à "carlota" que eu conheci muito bem, trepava e fazia o que queria com quem deixava, comigo sempre escreveu bem e, foi amigo!
    O problema não é esse,ninguém merece uma morte assim...

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